segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ficção


Nós estávamos na casa do Dani. Fomos até a casa dele só pra pegar um back - ideia minha e da Mabi. Nem sou muito backzeira (quem me conhece sabe), mas sou facilmente influenciável e adoro um dark side, um lado negro ou um drama (como podem perceber).

O combinado era sairmos pra jantar. As duas meninas em um self-service pertinho de casa pra falar de... tcharam: homens! Nesse meio tempo o amigo em comum liga (ex-peguete meu e amigão da minha amiga) e fomos todos pra um restaurante de culinária... bem, não vou estragar a história, lê aí.


Aline - Mabi... é maconha ou skank?

Mabi - Maconha.

Aline - Ah, tá... porque se fosse skank era só um peguinha pra não virar autista.

Mabi - Ãh?

Aline -  Sim, quando eu fumo (muito) eu entro no meu próprio mundo. Fica complicado até pra caminhar, que dirá interagir. Até consigo pensar, mas geralmente sai merda. Mente fértil + veneninho = histórias malucas que só eu entendo. Trágicas, em sua maioria.

Dani chegou, sentou e soltou:

Dani - Então, meninas... temos uma ponta ou esse baseadinho aqui apertadinho. Eu já aperto vários de uma vez, que é pra não ter trabalho. Produção em escala.

Mabi - Ponta, não...

Esse outro você fuma sozinho depois, pensei eu e Mabi falou.

Fumar é um ritual. Não vou exagerar e dizer que é sagrado, mas que é um ritual cármico de transformação mental instantânea, isso é. Resumindo: é um soco na cara. E ninguém continua com a mesma cara depois de levar um soco - não importa o tamanho dele.

A gente vai fumando e não percebe... a boca vai secano, a pálpebra vai pesando... e tá tudo lindo. De repente parece que você ganha uns quilos de massa, incluindo a encefálica. Pronto! Você está oficialmente high.

A boca seca e a gente bebe água. A gente bebe água e tem vontade de mijar. Mas a gente segura, porque a preguiça de levantar pra ir ao banheiro é mais forte.
Dani é o primeiro a levantar pra ir ao banheiro.

Aline - Mabiiiiiiiiiiiiiiiiiii... tô muito doida!!!!!!

Mabi - Calma, tá tudo certo.

Aline - Não, sim, eu sei, mas... aiiiiiiiiiiiii... como é que eu vou levantar daqui? Eu preciso pensar: um passo depois do outro, um passo depois do outro, um passo...

Mabi - Isso. Foco. Pensa e vai!

Aline - Mas eu tô muito dooooooooida! Ai, meu D'us!!!!

Dani entra e Aline rapidamente se recompõe. Mabi tá no sofá, meio deitada, meio sentada... descoladíssima.

Dani - Nós vamos ao tailandês ou vamos pedir alguma coisa pra comer aqui?

Aline - Não, não... vamos sair, né? Hein, Mabi?

Mabi - Sim, pode ser...

Não sei se o problema é a modinha de "menàge" que rola entre os cariocas ou se a minha mente é que é poluída mesmo, mas por um micro segundo eu pensei que o amigo tivesse confundido as coisas. E sim, sou careta pra esses lances. Não preciso dizer que minha mente emaconhada jogou-me em uma cena dirigida e escrita em uma parceria inédita e mediúnica entre Woody Allen e Nelson Rodrigues.

Aline - Preciso ir ao banheiro. Onde é?

Idiota! Como, "onde é"? Você já veio aqui, já deu pro cara... como assim... onde é? Ok, faz tempo, melhor, faz anos, tô doida e não me lembro mesmo, mas... vão achar que tô fazendo tipo ou pedindo pra ele me levar até o banheiro pra gente se agarrar. Idiota, idiota, idiota!

Dani - É ali, ó.

Aline - Ali onde?

Nããããão... você acha que tá num labirinto? Se é ali, é ali. Só seguir as placas. Placas? Não. Ai, tô doida. É só abrir o olho e as portas. Ai.

Dani - Eu te mostro...

Aline - Não! Não, pode sentar, precisa não. É ali ali, dobrando à direita? Eu acho, eu acho.

Será que eles ouviram o barulho de eu trancando a porta? Mas... porque eu tranquei a porta? Eles sabem que eu tô aqui, ninguém vai tentar entrar. Bom, agora já foi. Mas será que eu tranquei mesmo? Deixa eu conferir. Ai, aquela banheira. Lavabo com banheira, olha que legal. Não é lavabo, é o banheiro da filhinha dele. E eu já dei pra ele naquela banheira. Melhor não pensar nisso agora, deixa eu me olhar no espelho. Blush, blush. Pó não precisa, porque a cara não tá brilhando. Ó, esse primer (pré maquiagem) é bom. Será que ficou muito blush? Deixa eu tirar um pouco. E o cheiro de back nas mãos? Vou passar um perfuminho. Deixa eu passar no pescoço também. Ih, será que passei muito? Mulher bacana não passa muito perfume forte, diz a Gabi. Isso é coisa de perua. E agora? Só a gente na sala e eu vou chegar envolta em uma nuvem aromática igual um sachê humano. Será que eu lavo? Não, mas aí vou ter de passar mais blush. E talvez pó. A toalha de rosto. Não. Vou pegar um pedaço de papel higiênico e tirar o excesso de aroma. Pronto. Agora o xixi. Quanto espelho nesse banheiro. Estranho me olhar mijando. Tem espelho ao lado e atrás do vaso. Não quero baixar as calças aqui. Já pensou se tem câmera? Eu sempre penso isso quando vou fazer xixi na casa de alguém e tem muito espelho. Em restaurante também. Se bem que são poucos restaurantes que têm espelho. Não dá pra segurar. Sento, ou não? Aqui dá pra sentar, só não pode sentar em banheiro público. Na dúvida, a gente exercita o quadríceps. Não vou sentar. Xixi boooooooooooooooooooooooooooom. Ih, sentei. Agora foi. E o papel, jogo na lixeira ou no vaso? A lixeira tá longe. Mas e se o vaso for daqueles que entopem? É só puxar bem a descarga. Vou dar mais uma puxadinha, só pra garantir. Ih, eu dei uma descarga e meia. Vai parecer que eu fiz cocô - e um cocô grande, que não quis descer. Eu demorei me maquiando, então eles vão ter CERTEZA de que eu caguei. Não basta ser inocente, tem de parecer ser. Não vou nem lavar as mãos pra não demorar mais. Só apagar a luz e sair correndo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A ARTE DE ESTRAGAR TUDO


Dificilmente eu começo um texto pelo título. Geralmente eu tenho um ideia, organizo os pensamentos, escrevo, leio e releio e só depois procuro um título atraente. Neste grande açougue virtual chamado internet, onde os blogs estão fatiados e expostos - muitas vezes às moscas - um título bacana capaz de instigar um internauta passante é como um bom slogan para uma loja de varejo. "Casas Bahia, preço baixo todo dia!".  Bom, não sei se acabei de descobrir um talento (criar slogans populares), ou se realmente isso que é dito na propaganda. Tenho visto pouca televisão e não tenho a memória do Antônio Fagundes. Infelizmente. O fato é que você entra nas casas Bahia porque sabe que lá é barato. Na real pode até nem ser, mas aí você já está lá. E só vai depender de o gerente ter colocado produtos interessantes nas prateleiras para ganhar um cliente.

Desde a época das redações escolares eu primeiro escrevia, para depois intitular a obra. Assim eu me acostumei e assim sempre fiz. Minto. Uma vez eu quis puxar o saco da professora de português e escrevi uma redação que tinha o seguinte título: "A agenda da Marina". Marina era a mestra, o tema era livre e guardo este primor da composição literária puxa-sacal até hoje. Não sei bem o motivo. Humpf, vai ver que não sei lidar bem com o desapego.

Eu domino a arte de estragar tudo. Desde criancinha. Quando algo está indo bem - podemos trocar este bem por tranquilidade - eu arranjo uma maneira de desestabilizar. Acho que me acostumei a andar na merda, e quando caminho sob nuvens, devo sentir falta de algum cheiro. Ui. O lance é: não sei me portar em situações nunca antes vividas. A novidade meio que me amedronta. Acho que estou sempre fazendo algo errado. Deveria haver uma cartilha, ensinando e explicando como proceder. Quando somos pequenos e começamos a comer sozinhos, não colocam um prato de rabada na nossa frente e nos abandonam a própria sorte. Não mesmo! A mãe ensina que devemos comer de garfo e faca, sem fazer bagunça. Comida não é brinquedo. Não nascemos sabendo disso, mas somos avisados. A genitora - ou a babá, vá lá - nos mostra como fazer, segura na nossa mãozinha gordinha e só larga quando o risco de sujeira iminente é baixo ou nulo.

Sou obcecada pela perfeição. E ao primeiro sinal de possibilidade de falha eu bagunço tudo, como uma cliente maluca em uma loja em liquidação. Excluir é mais fácil do que tentar consertar - ou me sair bem. Dou as costas e saio, mas somente após ter garantido a desordem. Fico com medo de errar, de não agradar... e volto pro lugar onde estou acostumada: a estaca zero. Fiz isso neste final de semana. Eu acho.

(continua)

domingo, 9 de outubro de 2011



Não mude seu jeito de ser para agradar. Não mude seu jeito de pensar, para impressionar. Autenticidade aliada a verdade, traz leveza e liberdade. Liberdade é poder ser exatamente do jeito que a gente é. Sorte é achar alguém que nos entenda. Felicidade é entender que o impressionante é ter a liberdade de agradar sem pensar. Pelo simples prazer de ser e estar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Músicas para cantar no escuro



Estava fazendo uma faxina geral no meu armário e... Para! É mentira. Sempre vou na intenção de "faxinar geral", mas como geminiana apegada que sou, acabo só arrumando o armário. Aquela sainha linda - que já nem me serve mais - vou guardar, porque vivi momentos lindos com ela. Aquela regatinha branca e desbotada, com um dragão costurado atrás... com ela que fui naquela festa e ganhei um beijo dele... ai, ai... definitivamente não vai pro lixo (nem pro corpo de outra pessoa). "Músicas para cantar no escuro", frase serigrafada na camiseta preta e amarela, da minha fase roqueira. Essa, merecia um quadro! Quando eu queria impressionar, colocava um jeans e a tal camiseta. Com ela, eu dava meu recado. Uma lâmpada na frente, e atrás o nome das minhas músicas favoritas. Feita por mim? Não, era da Vide Bula (quem lembra?), mas certamente, feita para mim.

Liguei o computer e comecei a "youtubezar" as músicas. Como a galera do passado fazia som e moda bacana! Hummm... acho que entreguei a idade. Mas tudo bem, em tempos de ipod, eu, pobrinha e antiguinha, ainda ouço um som no meu 3 em 1 (além de catar música no utube). E adoro. Ainda tenho até alguns discos de vinil, só pra constar, enfeitar e escutar.

A primeira música que ouvi foi "Sailing". Não a do Rod Stewart (boa apesar de manjada, but so sad), mas a do Christopher Cross. Chris, garoto gordinho, sem graça, mas com a voz mais doce e suave que a de um passarinho apaixonado. Que delícia!

Hoje em dia, não sei se o menino que cantava que queria navegar e que logo seria livre, teria a liberdade de ser como era, de se vestir como quisesse e ainda assim fazer sucesso. Os nossos ídolos perderam a autenticidade. Se você não for um bonequinho esbelto, com roupa assinada, ou então um rebelde maluco fantasiado, não há espaço para você. Engessaram o talento e resolveram produzir em série.

O mercado (não importa o business), quer gente linda. E o talento? Estão produzindo em larga escala também? Acho que não. Por isso que vou ouvir minhas músicas para cantar no escuro, onde a melhor aparência é um jeans e uma camiseta. Porque o que importa é a essência.



Neste show, ele já não era mais um garoto. Mas gostei tanto do climinha intimista, das velas acesas... que resolvi sugerir este vídeo. ENJOY!

Em tempo: será que as velas acesas fazem alusão às velas de velejo (canvas) da música?

domingo, 28 de agosto de 2011

O grande menino do Rio...



Muito tempo sem passar por aqui. Não sei se por falta (ou excesso ocioso) dele, ou por falta de inspiração. Mas a vida que segue - ou se esquece - ontem, me deu um oi, um sorriso e dois abraços com cheirinho de amaciante. E trouxe-me de volta a inspiração e lembranças que estavam guardadas no fundo do baú. Bom, achava eu que estava tudo escondidinho e guardadinho láááá no fundinhho, mas bastou um pequeno flerte, um rápido "ver-te", pra ser afogada em um maremoto de sensações e lembranças. Cousa boua! Uma vez falei que passado, para mim, passou. Que só funciona em museu ou em brechó. Mas a boca fala, e o coração (véio) paga! 

Um choppinho pra amiga e um suco de melancia pra mim. Risadas, papos e... surge na minha retina: camiseta branca, calça larga e sorriso solto. Energia pura! Obrigada cosmos, por ter me deixado sair de casa horrorosa, usando óculos e com os cabelos presos. Lição dada, lição aprendida. Eu ri!

Intensidade demais, alegria demais, coração bobo demais? Um pouco disso, e mais um pouco. O grande lance é termos alegria de viver, e reviver bons momentos não soa mal. Hummm... tinha ficado uma coisinha pendente, né? Nunca rolou de fato o "bye-bye, so long, fair well"*? Ai, ai, ai. Aí é certo! É a hora de tirar a dúvida, de não levar essa questão pro túmulo. É hora de viver, de gastar, pagar pra ver. É aquela oportunidade perdida anos atrás. Vai, se joga! Na dúvida, ouse. Faça. Não vivo sem viver. E quem vive na dúvida, vive pela metade. E eu não sei viver assim! Pode doer, pode lacrar de vez o baú, ou pode ser a chance para uma linda história recomeçar. Nem que seja na forma de uma bela amizade...

A vida andava linda, colorida, florida e deu o toque: abra o baú! Aproveitei a inspiração e reabri o blog também. E registro: o meu baú, na verdade, é uma "arca do tesouro". Só guarda preciosidades. E o seu?






*"Bye-bye, so long, fair well" significa, em uma livre tradução: tchau, faz tanto tempo, é justo/isso mesmo e foi retirado de uma música do Guilherme Arantes, que eu amo. Sim, sou brega e assumo!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

27 - 60


Você muito tenta o que eu muito quero...

Você acha, mas não imagina
O quanto eu desejo, o quanto eu almejo
O beijo...

Do cara, do moço, do homem
Do mestre
Real, maduro, especial, desigual.
Pra mim

Mais velho
Mais sábio
Muitos papos de inglês jasmim
Lábia, lábios
Que grudam em mim

Menos jogo
Menos tiros
Só suspiros
Acho "gozado" assim

Como ele diz
Como ele me deixa
Viro sua gueixa
De massagens e postagens
Nas mensagens, nas viagens

Do rio a Sampa
Uma ligação franca
De tesão e paixão
Entre um homem e uma mulher
Onde tudo... se aceita
Tudo o que fizer; quiser.

Ardor
Vinho
Palavras
Beijos e
Frescor

De um novo amor
Um grande amor
Um bom amor
De cama, mesa e
Sabor


Para seu amor
Sempre amor
Só amor

De livros
Conversas
Sexo
Diversas
Fantasias e
Amplexos

Com nexo
Sem nexo
Só sexo
Com sucesso

Homem e mulher
Prazer e delícia
De sentir e ser
Desejo e carícia

Na hora, no ato
De fato
Muito, bastante e a jato

Com ele, com ela
Na cama, na sala
Na fantasia dele e dela

Realizada
Suada e
Amada

Ontem, hoje, amanhã
E talvez sempre
Quisera que ele aguente e
Ela aceite de forma abrangente

O amor fatal
Natural
Que está por aparecer
E florescer
Na maturidade
Sem ansiedade

Da escola humana
Que termina na cama
De um lindo casal...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ASTRAL



 
Somos um produto do meio...
Portanto:
Copo meio cheio!
E para tanto:
ALEGRIA, ALEGRIA!
Viva, e não penas exista.
Ame, provoque, insista!
Acredite, que acontece.
De repente, o príncipe aparece.
Cavalo branco, sorriso largo e blusa florida.
Olhos sinceros, dizendo: "venha, querida"!
Não faça doce, não dê mole:
Se jogue!
Bora ser feliz, que tá na hora
Faça o bem e receba o super bem
Agora!


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sem demora

Ouououououou
Ouououououoooou
Ouououououou
Ouououououooooo - oi!

Será que ainda gosto de você?
E esse rolo vai virar um amar (paixão)?
Ou será só uma refeição?
Acho que você só quer me co... zinhar!

E se não acontecer
O que é que eu vou fazer?
Te esquecer...
Ou me submeter?

Quero você
Quero você agora
Quero você
Quero você agora
Venha logo
Venha sem demora (2X)

Ouououououou oi?
Ouououououoooou
Ouououououou
Ouououououooooo - tchau!

Tô aqui te esperando, sim
Mas não abusa, não
Pois quando eu me cansar
Vai ser tarde demais...

Você tenta me pegar
E eu quero é namorar
Da um beijinho aqui
Pra depois ganhar ali...

Quero você
Quero você agora
Quero você
Quero você agora
Venha logo
Venha sem demora (4X)

Ouououououou oi?
Ouououououoooou
Ouououououou
Ouououououooooo - tchau!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Eu?

Uma pessoa legal.
Não sou super santa, mas sou super do bem!
Nem sempre tô alto astral, porém
Sempre tenho um vintém
Pra um jantar com as amigas;
Pequenas porções de alegrias
- Coloridas e Floridas -
De dormir em paz, com a
Consciência no ar.
Como jogadora, perco sempre o Às.
Mas a ver, ganho o melhor prêmio do jogo:
Estar ao lado de quem não sabe jogar, só viver!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Qualquer jeito




Quero tanto um amor
Verdadeiro
e um corpo por
Inteiro

Chega de vontades
de sentir muitas saudades
de te ver sem te ter

Te esqucer?
Não consigo.
Eu tento, mas onde vais eu venho
e te sigo, mas me contenho

Mantenho a
Postura
e a
Distância
Aumentando a ressonância

Me dá um sinal, amor.
Mas cheio. Não quero
mais termo-meio
Tá doendo, sinto dor.

Te quero por perto
Sentir o cheiro, ouvir a voz,
ganhar um abraço, um aperto de perto.

Não sei mais o que faço.
Te aceito de qualquer jeito:
Como amante, marido ou até (mesmo só) amigo...

domingo, 19 de julho de 2009

Historinha...



Era um casal apaixonado
Que só queria namorar em paz
Eles procuravam um lugar tranquilo
Sem barulhos, ruídos disso ou daquilo

Tentaram na 'Prudente' (não foi prudente!)
Uóóóóóó, bateu polícia
Não esquento, tenho documento
Guarda piscou, liberou e
Ainda paquerou minha mulher!

Arpoador. Que delícia!
Será que tem polícia?
E a cancela? Praia fechada!
Outro papo pra outro guarda
E estamos dentro...

...da rua. Mas quero ela
Dentro dela. Opa! Vamos com
Calma! Pega na mão, beijo e
Encontro de alma!

Atrás das árvores
Povo olhando, gente passando
Me sinto um adolescente
Duro
De grana e de...
Deixa pra lá!
Tô com gana dessa menina
Minha musa poetinha

Abraço, beijo e "ai"...
Por entre as pedras
Piso firme, puxo ela e
Agora vai.

Paixão, tesão, climão
Quanta roupa, abre mais
Um botão. A calça e o cinto.
O cinto! Não abre e a agonia
Me invade. Ela me ajuda
Que formosura a minha garota!

E quando a gente tava indo...
Opa!
"Aqui não é lugar de amor"
Diz o senhor que passeava
Na madrugada entre as
Pedras do Arpoador

A gente ri e se inflama,
O desejo nos chama. Mas
Eu protejo minha guria e
Ficamos só no beijo.

A lua sorri e eu vou explodir..
Que paixão grande é essa?
Tô amarrado a beça!
Caminhamos de mãos dadas,
Corremos, brincamos, pulamos
Ondas, beijo salgado de
Amor pouco usado.

E no carro, mais um amasso
Pegamos a avenida pra eu
Deixar a minha linda, que se
Despede com um beijo e diz:
- Hoje não valeu!

Adorei! Sei que amanhã
Tem mais, e ela vai usar
O corpo meu
Como se fosse
Só seu

Volto pra casa cantando.
Música, pneu e mente.
Tudo clareou de repente!
Deito e sonho... dança do ventre
Showzinho pra mim... uau
Vou fazer sem cia... assim
Em homenagem...
À minha guria!


segunda-feira, 29 de junho de 2009

UM POUCO DE VOCÊ



TÔ PEDALANDO PELA PRAIA
PASSANDO PELA TUA CASA
VAI PRA JANELA ME VER
DESCE AQUI
IPANEMA É LINDA AO ENTARDECER


UM MINUTO DA TUA ATENÇÃO
BEIJOS VELADOS
ME AQUECEM
COMEÇO A SUAR EM PLENO OUTONO
BATE A MIL MEU CORAÇÃO
QUE ABRAÇA E ACEITA O POUCO QUE VEM


TÔ VIAJANDO PELA CALÇADA
QUANDO TE VEJO
É TUDO OU NADA
PEGA A CHAVE E LIGA O CARRO
VEM ME TIRAR DAQUI AGORA
ME SEQUESTRA E ME EMBRIAGA


TE PEGO CARETA OU DETONADO
O QUE OS SANTOS NÃO QUEREM
O CEMITÉRIO ACEITA
TE AMO INTEIRO OU NA SARJETA
ATENDA LOGO O MEU CHAMADO
O MEU CHAMADO


TÔ VIAJANDO PELA CALÇADA
QUANDO TE VEJO
É TUDO OU NADA
PEGA A CHAVE E LIGA O CARRO
VOU TIRAR DAQUI NA MARRA
ME SEQUESTRA E ME EMBRIAGA

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Homem Fraco




Eu vou te esquecer porque você não merece o meu amar
A covardia é o presente que une os fracos
Noite e dia eu pensava no que fazer pra te encontrar
E você fugia, corria e se escondia, sem querer me olhar





E quando me olhava, disfarçava e fingia não me enxergar
E eu com lágrimas gritava e queimava por dentro
Insistia e teimava, usava minha sedução com rebeldia
Pra te satisfazer





Nosso momento de prazer tá com prazo de validade vencido
No carro, na praia, hotel, avião, "errejota" ou "essepê"
Cidade grande, asfalto, drinks e rock'n'roll amanhecido
No jogo sujo do eu comigo, crio uma desculpa só pra te ver





Então continue no seu mundinho de mentira e aparência
Onde a cama é fria e o computador é seu melhor amigo
Simonal em Ipanema sexta à noite perde fácil sua essência
E o beijo amargo antes de deitar já nem exite mais





Não culpe a religião nem fale do falso ninho construído
Lute pela felicidade, pela sua liberdade, sinta saudade
Os filhos continuarão unidos e filhos, nada será poluído
Viva a vida com frio na barriga e amor como na mocidade




Você não é obrigado, você não é forçado a viver tais
Condições vazias e nada emotivas, onde a rua, a farra
E a boemia parecem te agradar e completar muito aquém
Que a própria de casa, que deveria te alegrar mais
Do que ninguém.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

SEJA

Tô cansada de escrever e não ser lida
Olhar vitrina sem poder comprar
Gostar e não poder falar
Amar e não ser correspondida

Quero sentir, e poder externar
Beijar, e poder namorar
Ter vontade, e poder experimentar
Dormir e poder sonhar

Mas tudo tem de ser velado
Se verbo, manter calado
O amor, não revelado
Mesmo o sentimento estando maturado

Jogo de adulto, é isso que almeja
Relacionamento é bom com verdade
Sou simples, tenho humildade
Não jogue; Sinta e proteja
Reflita, goste...
Seja.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ele Me Faz Chorar



Ele me faz chorar
Quando chega com graça
Me olha sem graça
Muda de rumo e ameaça
Se virar pra mim

Ele me faz chorar
Quando a música acaba
Sorri sem graça
Vindo pra mim

Ele me faz chorar
Quando sorri tímido
Com jeito de menino
Dizendo querer, sim

Ele me faz chorar
Quando diz que tem medo
Então me ama em segredo
Pra ninguém desconfiar

Ele me faz chorar
Quando viaja sozinho
Sai pro mundo
Cai no mundo e
Sai do mundo

Ele me faz chorar
Quando o acaso ocasiona
Nesses encontros de acasos
Ele me pegar sem caso
Fazendo um grande acaso

Ele me faz chorar
Quando o encontro por acaso
E o acaso nos junta
Não faz pouco caso
E me leva pro carro

Ele me faz chorar
Quando me deixa em casa
Me abraça apertado
E me beija molhado
Dizendo "hoje não, amor"...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vai se f...!

Ando com o corpo quieto, coração irrequieto
Caminho perdida, desiludida
Corro pra vida, pela vida

Deito no asfalto de pedras irregulares
Levanto de sobressalto pros mundos regulares
Rio que partiu com meu amor sem rumo
Horizonte vazio me tira do prumo

Hoje ele me beijou
no rosto
Ontem ele me amou
com gosto
Amanhã ele me lançou
Pro fosso

Atrás de esperanças, andanças
Na frente da viela, flor na lapela
Ao lado dele, sou aquela que
Por fora é bela mas
Por dentro é uma fera

Finge que não me vê
Mente que não me viu
Vira o rosto
Manda um aceno

Saio na minha
Chego sozinha
Vou pra berlinda
Volto mais linda

Pra amanhã talvez
Você me querer
E eu mandar você
Sozinho se fuder!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Burrice inteligente


Eu queria ter nascido burra. Juro. A menina burra e bonitinha, que namora e é feliz na sua inteligentíssima ignorância. Os homens fogem de mim. Tá, já me falaram que são só os babacas. Aqueles que têm medo de perder um embate cerebral com um espécime do sexo frágil. Ok, fujam mesmo. Melhor assim. Mas onde estão os letrados, então? Tem um cerebrozinho carente - com carne malhada em volta! - aqui esperando. Na verdade eu estou é fadada ao insucesso amoroso. Pois além de ter nascido inteligente (e humilde) em um país onde só é valorizada a cultura periférica (leia-se da cintura pra baixo, de costas e preferencialmente de cúbito), ainda tenho a boca grande. Não me refiro aos lábios carnudos (causador de muito bullying no passado, mas aí é outra história) que mamãe e papai fizeram, e eu amenizo com um batonzinho cor de nada. Quando digo boca grande, acrescente aí "o" detalhe: cérebro muito perto da língua. Pensei, falei. Ou melhor. Pense, falei e depois... já tinha sido. Sim, eu não me contenho. Ao primeiro sinal da falta de instrução alheia, retifico. Corrijo mesmo. E é mais forte do que eu. Meu sangue de jornalistona ferve e explode, jorrando as palavras bocão afora. Mas é na melhor das intenções. Assim como quando se (aff!), eu der uma erradinha no português, façam a correção, por favor! Aprendo, anoto, agradeço, ponho na cachola e uso, quando precisar. Tem mulher que se finge de burra. Essas, além de inteligentes, são ardilosas. Elas não se importam em sustentar suas opiniões. Falam pouco (somente o básico), ouvem muito e finjem que não estão nem aí. Atrizes da vida real. Palmas! Clap clap. Bolsa da CAL para elas, por favor! São essas que conseguem os melhores partidos (inteligentes, educados e afim de algo sério). Mas é preciso ser muito inteligente pra se fazer de burra. Eu não consigo. Imagino o que o outro pode pensar de mim: "é bonitinha, mas é uma porta!", ou "fica quietinha e vem cá, vem". ARGH!!!!! Não, pra mim não serve! Não estudei em um bom colégio, não lí livro russo, não fui pra universidade para ter apenas cabelos tinturados na cabeça. Não, não, não!
Então, vou ficando com minha inteligência solitária. A última vez que eu fiz um sexo gostoso foi no post abaixo. E eu nem estou falando de amor. Eu não sei mentir, claro que é amor - mas respondo apenas pela minha parte - pois tenho o pezinho bem no chão e sei que hoje em dia querer (e encontrar) amor, pele, cérebro, beleza, cosmos, junções e emoções em um mesmo pacote é difícil. Mais fácil é ganhar na mega-sena acumulada. Sou burramente humilde. E inteligentemente ignorante pra não colocar uma sainha, sair rebolando por aí e arranjar um bofe pra chamar de meu. Na minha imperícia geral, vou ficando com um bom livro e meu vibrador na cabeceira, enquanto o "sr. cérebro" não aparece.
Só espero que ele não venha quando eu já estiver de bengala. Porque aí, pode ser que eu prefira um livro a um pinto.

050309

Que noite!
De Ipanema ao Leblon
Que barra, chegar na Barra!
Batidinha de cocô? Bar fechado!
Joatinha na área, e eu aérea
Vou te encarar careta
Timidez no bolso, sorriso frouxo
Vinho italiano no gargalo
Te agarro e arregalo os olhos
Pintados de preto...
Você sorri e me chama pra perto
Amor sem teto, bicho solto!
Salto alto, pé inchado
Estamos loucos, sem noção
Calça apertada, mente inflada
Gente chegando, tensão aumentando
Romance irrequieto, mão com mão
Noite com lua, estrela sem nuvem

Beija-flor que me presenteia
Com beijos de baco completo
A pashmina que combina
Com a camiseta amarela
Jeans e afins
E você em cima de mim
Às pedras não rolamos
Deslizamos
Penhasco da loucura que fascina
Abusamos da sorte
Agora não tem mais volta
E na hora do grito
A pequena morte...
Segundos sublimes
De vertigem ao som do mar
Me falta o ar no calor de verão

O tempo passou voando
Eu queria agora uma caneta
E um violão
Cifras e letras
Perdidas no meio da multidão
Você e eu, eu e você
Muito doidos, solidão
Vai embora, te expulso
Me encontro só em uso
Amanhã, desuso, fora de uso
Me uso só e na saudade
À espera da vontade
Que impera, força voraz
Me leva e te traz
Me pega e nos faz
Dois em um

segunda-feira, 23 de março de 2009

Miragem


Dói o peito quando lembro da gente
Eu assim vou morrendo suavemente
Não deixe isso comigo
Acaba com a tortura e me dá logo um tiro

Te quero, como nunca antes
Não aguento mais a saudade
Não me renegue, me dê ao menos amizade
E se atire aos meus braços, nem que seja pra chorar

Na tua ausência acabo
Na sarjeta, como um rato
Me emprestando barato
Sofrendo, quase me mato
Mas falta coragem
Fecho os olhos e te imagino
Miragem


domingo, 8 de março de 2009

Poemas e dor

Casa de amigos
Em um sábado festeiro
No fundo saudade
Corpo por inteiro
Mente pela metade

Música interessante
Gente interessante
Bebida com ansiedade
Poesia sem vaidade

Karaokê, paqueras e garçons
Amy na vitrola e vodca na cabeça
Milhares de vozes e sons
Cantando e até encantando

Vou embora e dirijo pensante
Sozinha ao volante querendo voar
Estrada do mar, vento no rosto
Caminho belo, sem esforço

Chego em casa e lembro lembranças
Sento, sinto e curto
Gatos felpudos e peludos
Me dando amor e esperança

Deito na cama e me deixo
Loucura adolescente aprazível
Perdida na fantasia do nosso encontro
Curto, rápido e imprevisível

A gente se toca por osmose
Como na noite inesquecível do
Outro dia que judia a judia que
Fica inclinada e com lordose

De tanto espiar e sonhar
Com o parceiro que veio
E arrebatou por inteiro
Agindo e sendo, produto do meio
Amor, música, poemas e dor

sexta-feira, 6 de março de 2009

O(s) DIA(s) SEGUINTE(s)...




O dia seguinte é que me mata.
Não consigo me dar sem me doar.
Me entregar faz parte do jogo;
O tal que eu não sei jogar.

Vivo o momento, querendo mais.
Se mais, quero o mês.
Se tenho o mês, almejo o ano.
Se o ano, anseio a eternidade.

Ser feliz sem idade
Um cara maneiro, gente boa
Carioca que pega marola
Uma onda na minha ingenuidade
Me abraça, beija, me deixa
E volta pro lar de frente pro mar
Eu fico aqui, só na vontade

O que me resta? Uma fresta de luar...
Um céu com estrelas esperando o sol
Que afasta as nuves, sonhando pertencer-te
Pra quem sabe amanhã, ou depois...
A gente se cruze, se ligue, se excite
No incrível momento que sempre é ter-te.

Rendição

Nunca publiquei coisas neste blog que não foram escritas por mim. Mas hoje, diante da situação e pulsação em que me encontro, rendo-me de corpo violado e alma rasgada para um grande mestre:



"É errado, portanto, censurar um romance que é fascinante por suas misteriosas coincidências (...) mas é certo censurar o homem que é cego a essas coincidências em sua vida diária. Pois sendo assim, ele priva sua vida de uma nova dimensão de beleza"

(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)

segunda-feira, 2 de março de 2009

O Ovo e a Bailarina


Felicidade transbordada
E danças na madrugada
Só faltou a cama e o colchão
Com muitas flores na cabeça
Roupas jogadas ao chão
Tua boca na minha
Tua mão na minha
Nossa vida entrelaçada
Sem fim de linha

O ovo e a bailarina
O quase músico e a ex-menina
Jogos com regras e melodia cantada
Quebrada e largada nas arestas da janela
Assim se finge de amada
Se despe de vida e se veste na rua

A vida ensaiada ensaiou e não jogou
Atuou e tatuou
Na alma e na pele
Fratura exposta, NO WAY!

Lá no play, onde rola a festa
Me esquece e me aquece
Nesta cena, não faço cena
Abaixo o orgulho
Embaixo de mim
Te quero assim
Pra sempre acho
Que um dia em você
Me encaixo
E me acho.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lenda

Lenda, desejos fantasiosos.
Vontade saciada, história real.

Fantástica realidade, histórica e desejada
Na lendária necessidade que sacia

Dois corpos comuns
Com pouco em comum

Quais se deliciaram e sagazmente
Sucumbiram ao prazer
De ser

Homem e mulher

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Malandragem

Você não precisa ser bonito.
Quero charme, atitude, elegância, harmonia.
Inteligência é bom... e um pouco de sacanagem.
Deixe pra lá a ganância, e queira apenas eu.
O que sobra pra mim? Um beijo e um adeus?
Dá logo um tiro na minha cabeça e acaba com essa agonia!
Má, necessária, atraente e ardente.
Noite e dia te desejo, sonho com teu beijo e respiro teu cheiro.
Suado, perfumado, usado, recém-lavado.
Te pego de todo o jeito, de qualquer jeito.
Sorrindo, bebendo, fumando, tocando.
Quero eu também tocar e ser tocada.
No meu corpo, no teu corpo.
Suado, perfumado, usado, recém-lavado...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

(...)



Inspiração que me abandona, tal qual a pessoa
Que aparece e desaparece, numa boa
Como um gato preto no escuro, casulo
E aqui no meu mundo, sobra duro vazio

Me confunde e me funde a cabeça
Com a incerteza que brota fácil
Com conversa e papo um tanto idiota
Que ilude e engana de forma dócil
Até o próximo sumiço natural
Que me desencanta com proeza usual

Solidão em demasia, nos traz tristeza e melancolia
Lágrimas e chuva interna, que inundam a alma e afogam
O outrora feliz, momento família! E agora condenado... coração.
Além de nós há o outro. Eu só quero cia. Desfrutá-lo com cumplicidade e vontade
É o que há de muito e tudo de bom. Coisas além do umbigo
Abra os olhos, não existe perigo. Ouça o que eu digo
E sejas mais que meu amigo...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Cereja do Bolo



Já não sei mais se vou ou se fico
Se faço isso ou aquilo
Se me entrego ou me fecho
Se apareço ou sumo
Se me escondo ou me revelo

Sempre, lembrada.
Nunca, enjeitada.
Talvez, trocada.
Um dia... amada.

Eu quero, muito.
Mas resisto, pouco.
Me abro, fácil.
Me entrego, na bandeja.
Do teu bolo, sou a cereja.

A primeira a ser vista.
A última a ser comida.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Breve ode a amizade!


Amizade é tudo nessa vida!

Cumplicidade, parceria, energia.

Sempre me surpeendo e sou surpreendida com alegria. Tenho sorte. As coisas vão acontecendo, permeadas e ladeadas por pessoas do bem e de bem. Costumo dizer que meu mote é: deixe de lado a ansiedade, viva com naturalidade!

Hehehe...

Sou naturalmente ansiosa, mas tô lutando contra isso.

Ainda bem que meus amigos estão me ajudando.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Comida

Frigida frigideira
Frita tuas carnes tenras
Sou o chef da tua cozinha
Inflame seu infame
Meus sentidos nunca sentidos
Com gemidos e suspiros de
Ar e merengue
Dor e cor com gosto
Colorido e doído
De ter nascido gente
Entende?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O sapo e a cachorra


Pensei em ficar um tempo sem escrever. É, fechar o blog pra balanço.

Mas estive pensando... quem precisa de um balancete sou eu. Vivo intensamente, emoções à flor da pele, me dando e doando pras pessoas erradas, cobrando promessas nunca feitas. E detalhe: parece que eu sou uma leprosa pedindo colo. Um cão da rua querendo um dono. Um ser desprezado que quer companhia, paixão. E no fundo, acho que é isso mesmo. Não gosto de ficar sozinha. Não tenho pai, nem avós. Minha mãe mora longe. Irmãos e tios não existem na minha família.


Alguns vira-latas conseguem encontrar um dono. Têm sorte. Será que pertenço ao time dos azarados? Já não basta ter nascido sem o cobiçado "pedigree"? A cachorrinha ruiva de olhinhos castanhos esverdeados cansou de revirar latas atrás de comida. Ela quer afagos e carne de primeira! Linhagem eu até dispenso...


O grande lance é que tenho o dedinho podre. Mas beeeeeeem podre. Eu só gosto dos complicados, dos enrolados e dos problemáticos. Os proibidos, os feios, os bocas-sujas, os músicos, os bailarinos, os mestres. Os "algo mais". O psiquismo abalado me atrai. A complicação, a contradição. A afinidade e a ilusão. Quero decifrar os enigmas, trazer luz, resolver os problemas, viajar (cada um paga o seu, sem problemas!), dar presentes... os normais são legais, mas facilmente me enjoam. Meu lance é sudoku (sem trocadilho), palavras cruzadas tô fora!



Mas será que um sapo imoral, depois de ceder aos meus predicados não se revelaria um príncipe normal? No fundo somos todos iguais. Querendo carinho, abraço, papo interessante e um pouco de atenção no fim de um dia chato e estressante. Sabendo disso (que o encanto pode dizer que vai comprar cigarros e nunca mais dar as caras), tenho de relaxar e curtir a incerteza que traz emoção e encantamento aos sapinhos. Pensando no momento, sem delonga e demora, se entregando na hora. A cachorra tem de curtir ter companhia pra revirar o lixo, sabendo que depois comerá sozinha.
Ou apreciar um cãozinho arrumadinho, que aparentemente não oferece emoção, mas que certamente lhe dará um pedaço do próprio coração. Além da sua constante presença.





É de fácil entendimento e explicação o porquê da minha solidão. Sou uma máquina de sentimentos retidos, prontinha pra explodir. Quero dividir o amor que eu tenho em mim com alguém. Por isso me apego fácil. Uma vez me disseram que "quem se apega é gato". Pois é... eu tenho quatro. Mas seus afagos, lambidas e mordidinhas não me bastam. Eu quero diálogo. Mais que sexo (que eu adoro, mas sou difícil), eu preciso de companhia. Ter alguém para dividir a mesa do café depois de uma noite bem dormida (com ou sem sexo). Abraçar sentindo a alma e beijar diariamente. Sentar no sofá embaixo de um fofo edredom e assistir um filme iraniano enroscando os pés.



Mas para isso, tenho de parar de revirar latas e entrar em uma pet-shop. Não estou super feliz, mas também não estou deprê. Só ando um pouco cansada das ruas. Acho que vou dar uma mudada e ficar quietinha, só pra ver qual é. Vai que tenha um sapo de perna quebrada se recuperando e a gente se encontra no quentinho?

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Reações


É muito engraçado o efeito
Que agentes externos causam na gente
Vindos de um jeito rasgado, jogado
Reagindo com nosso organismo inocente
A composição química que
Combina ou descombina
De uma forma intransigente
Pode ser um abraço amigável
Uma afável lambida de gato
Um fora bem dado - ou bem tomado
Nada passa em vão
Tudo tem solução...
Tome um avião!
Beije outra boca!
Busque outra situação!
Inspire a emoção!
É fácil, simples e descomplicado
A cabeça é que pira e complica
Relaxe, e deixe estar
Uma hora ou outra
A coisa vai melhorar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Você e eu

Você foi
E eu deixei você ir
Você voltou
E eu deixer você vir
Você chorou
E eu o amparei
Você sorriu
E eu o abracei

Quantos beijos beijados
Quantos sonhos sonhados
Quantos abraços apertados
Quanto carinho doado

Você quis ir
E eu permiti
Você pediu
E eu dei
Você proibiu
E eu parei
Você falou
E eu calei

Muita transpiração
Pouca emoção
Muita falação
Pouca paixão
Muita rebeldia
Pouca parceria
Muito calor
Pouco amor

Você foi embora
E eu nada fiz
Você volta agora
E eu nada faço
Você quer concordar
E eu não vou aguentar

Ter metade de você
É ter coisa nenhuma
Ter você por inteiro
É prato cheio
Ter fartura e abundância
É o que necessito desde criança

Meio termo é conflito
De dois ou mais
indivíduos
Por isso me agito
E retifico
Dois ou mais
É gente demais
Só funcionamos mesmo
Como amigos

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vai. Vou?



Não sei pra onde vou
Que rumo tomo
Que caminho sigo

Vou rumar seguindo
Afligindo com vista pro mar
À dor entregue
Como palhaços fingindo alegrar
A alegria que não se segue
Só se busca e persegue
Sem encontar

Pare de pestanejar
E os olhos feche
No lugar onde tudo é
Possível e irreal

O mundo dos sonhos dormidos
Porque
Sonhar acordado é divertido
Porém sofrido

Por isso me deito e durmo
Tento sonhar com a rebeldia
Que deveria ter em vida
Acordada e de dia

Boa noite, calmaria...
Deixo pra lá o desespero
Quero paz e sossego
Treinando o desapego

sábado, 13 de setembro de 2008

Tão bem

Só quero sentir
Tô bem assim
Emergir do meu mundo e cair no outro
Gatos, cartões, emoções
Quero partir meu pensamento
E repartir meu argumento

Uma valsa e um sonho de valsa
Que seja bem desenhada
Pois sei que dançada é

Pensada eu passo
Pé com pé
Passo rítmico
Ritmo passado a limpo
Dois pra lá, dois pra cá
Perdido e encontrado
Sem garimpo

Veio na minha mão
Caiu no meu bolso
Pousou em meu riso
Solto!
Almas flutuantes
Melhores agora
Que antes

Não quero nada
Só mais um beijo
E um copo d'água

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


Rimas e versos não fazem mais minha cabeça.
Não tô mais afim.
Ainda parte de mim?
Não sei, talvez ou com certeza?

Quero ser feliz e livre
Respeitar sem brincar
Quero um sorriso e um beijo
Quero cheiro bom no ar
Ser respeitada e amar

Rimando, gostando e tocando
Meu violão e tua mão
Ah! Paixão...
Haverá lugar no teu avião?
Pra dona da canção
Que sempre fala de emoção
E escreve com o coração

Letras fáceis, rimas bobas
Sentimentos únicos
Escritas tolas
Recheadas de injúrias e verdades
Variedades na cabeça oca
Zumbido suave no ouvido
Cheia das histórias todas
Que me contam
E que eu vivo

sábado, 6 de setembro de 2008

'Nego' se enforca sozinho...

Eu juro. Por tudo o que for mais sagrado. Juro por uma Fendi edição limitada. Juro que eu queria saber o que se passa na cabeça do sexo oposto.
É, do homem. Deles em geral, pra simplificar e generalizar.
Sei que não existe receita de bolo (tá, até existe... mas é só pra BOLO!).
Um conselho infalível que poderíamos escrever, publicar, vender, negociar, e transformar em um best seller. Ganhar o ser desejado em 7 dias! Trazer de volta a pessoa amada! Êta, parece até anúncio de cartomante charlatã!

O grande lance é que se as pessoas (isso inclui "ladies and gentlemen") agissem naturalmente, seria tão mais natural (redundância...) e fácil de se lidar! Quer vê-la? Ligue! Não fique na inércia! Movimente, contradiga, lute! Nos tempos modernos as mulheres também podem tomar a iniciativa, mas... à moda antiga é tão mais bonito... e galante, excitante. Seja homem! Se a quer, vá à luta. Mereça. Mostre-se o mais interessante entre os 'homo sapiens' presentes (e ausentes)! Alimente sua escolhida (leve-a ao Gero!), impressione-a (flores?), conquiste-a (beije bem), seduza-a (você sabe como). É tão mais másculo...

O sexo frágil (vulgo mulher) é diferente do homem (e que nenhuma feminista de pochete me contradiga!), morfo e fisiologicamente.
Vocês foram feitos pra trocar pneu.
Nós, não. Se somos diferentes na aparência, na consciência, na essência, por quê lutar e exigir tratamentos iguais?
Não!
Somos diferentes e queremos ser tratadas de um modo diferente.
VOCÊS abrem a porta do carro!

Não estou dizendo pros homens se ferrarem e as meninas ficarem de braços cruzados. Desculpe se fui mal interpretada.
Cada um tem de ceder um pouquinho. Se ele deu o primeiro passo, siga adiante. Se ela mostrou-se perto, chegue junto. E assim sucessivamente. O primeiro que tentar jogar, vai melecar o tabuleiro.
Aja naturalmente, sinta e reflita. Não há jogo mais inteligente, diria o melhor dos apostadores.

Pra que puxar a cadeira pra sentar e ficar de pé? O grande lance do jogo é não jogar. É relaxar. E tentar achar um outro alguém que esteja na mesma sintonia, que tenha a mesma energia. Mas já aviso: é como jogar na loteria. Só os sortudos conseguem. Difícil conseguir acertar e ganhar.
Mas se ganhar... ah... o nirvana! Alegria mental, urbana e insana.

E pensar que ainda tem gente que tira a sorte grande e faz o quê?

Perde o bilhete premiado...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Movimento

Mente louca e insana
Perdida
Na confusão da profusão
Proferida
Com intenção mundana
Aturdida
Sem saber que ele engana
E agora?
Me ilude com abraços
Joga, faz que adora
Preferida sedução
De mãos e ilusão

Histórias e conversas
De gente grande
Pequena forma que provoca
Força pulsante
Vasculha meu corpo e minhas memórias
Conduz e abrage
Minha dança e minha fala minguante

Seduz meu corpo pouco usado
Quase virginal
Pela mãe muito amado
Com atenção total
E ligação interurbana
Querendo
De uma forma profana
Com força ser
Levado
Ao inútil paraíso
Fútil
Da entrega sem cuidado
- Cuidado -
Eu aviso
Alguém pode sair machucado

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Garoto...

Coração que sofre
Se entrega
Se abre
Se mostra

Escolhe errado
O cara amarrado
Marrento
Achado

Me chama com os olhos
Finge que não vê, vendo
Se mostrando, se abrindo e fechando
Magoando

Uma mulher apaixonada
Fácil de se lidar
Louca pra se entregar
Querendo cuidar

E ser cuidada
Com carinho
Entrega
Procurando um ninho
Tal qual um passarinho

Perdido
Constrangido
Fugido
Sofrido

Me cuide e
Me ame
Proteja e
Proclame
Ao mundo
Pra essa gente
Que te amo
Só quero que também
Me Ame(s)
De um jeito ingênuo
E inocente...

VERDADEIRO
DERRADEIRO e
POR INTEIRO.

Ele

Ele não canta, ele não dança, ele não toca
Mas ele toca minha alma
Com seu olhar de indiferença e suas lembranças
Eu choro, eu sofro, eu o desejo
Com toda minha força, cheia de esperanças

Ele não é o melhor dos homens
ELe não é o maior dos homens
Mas eu por ele choro
Com ele sonho
Por ele sofro
Com ele quero estar

Na pele dele tocar
Sua boca beijar
Sentir seu corpo pulsar
E com ele ficar

Me deixe mostrar
Quanta felicidade posso te dar
Quanto amor posso te emprestar
Quantas coisas boas posso te ensinar
Quanta paixão posso te entregar

Se abra e me aceite
Não me rejeite
Vamos ser felizes
E eternamente aprendizes
Do amor louco e insano
Que estamos compartilhando
Hoje, ontem e amanhã
Já me ganhaste
Apostaste e cá estou
Inteira ao seu dispor...

domingo, 24 de agosto de 2008

Eu, dor



EU não sei quem sou

Destruidora
Agregadora
Amável ou
Intragável

EU não sei como sou

Frágil
Forte
Perecível ou
Invisível

EU não sei se sou

Inteligente
Burra
Inovadora ou
Desbravadora

Confusa na inteligência humana de pertencer
A um nicho único de filha única
Maltradada ao invés de mimada
Brecada sempre
Incentivada nunca
Dedo na ferida pra ela jamais curar
Olho aberto como Kubrick com Alex
Para nunca fechar e eu sonhar
Pé na cabeça que me enviava ao fundo
Do poço escuro que se tornou meu amigo
Íntimo, úmido, profundo e quente
Abraço molhado não desejado
Mas que me acolheu sempre que eu precisava
Quando a progenitora maltratava e pisava
Porque esquecia que eu era gente
Constantemente.

E agora?


Tá rolando um desespero
Amor sem beijo
Paixão sem desejo

Quero ele e não ele
Me rouba a solidão
Me enche de curtição
Sou tua, me tira dele

Me ensina a beber
Me deixa te amar
Não quero durar
nem sobreviver
Quero viver

Pára de jogar
Quero me jogar
Nos teus braços
E apenas sonhar
Em tí vibrar

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fiel companheira



Ela voltou!
E voltou forte, junto, colada!
Eu sabia que a minha grande musa inspiradora não me abandonaria por muito tempo. Ela é fiel, parceira, me ama.
Quem é ela?
A tristeza.
Devo ter nascido pra escrever. Escrever e sofrer. Fazer com que meus escritos inspirem outros casais a serem felizes ou a fazer com que a menina que tomou um fora não se sinta sozinha. Sou a fundadora, sócia remida, cliente mor do clube da infelicidade.
Não me falta dinheiro. Não me falta estudo. Não me falta violão. Tenho até uma mamãe (doentinha, mas em franca recuperação) que mais parece minha irmã, pois conversamos sobre tudo e todos. E sem julgamento, apenas com abraços e palavras (às vezes fortes) de estímulo e incentivo.
Mas me falta amor. Amor carnal, de homem pra mulher, desejo, sexo, paixão, tesão, atração. Parece até que sou a pior das mulheres, aquela que foi escolhida por Deus ou pelo Diabo para ser a mártir, para carregar no osso do peito toda a rejeição e insatisfação que uma fêmea pode suportar. Eu tô chegando no meu limite. Quando eu enxergo um raiozinho de sol pela janela, e resolvo pôr a cara pra fora pra me energizar, vem um passarinho e caga na minha cabeça, o vizinho de cima joga um cigarro que me queima a testa, escorrego e quase caio no chão e meu brinco, aquele que eu mais amo, se desprende da minha orelha e despenca lááááá embaixo. E ainda passa um carro por cima, pra deixá-lo bem esmagado e sem condições de uso.
Não sou religiosa, mas acho que todos os Santos são passíveis de crença. Por isso, comecei a acreditar que eu fui um homem muito f.d.p., que fez muita mulher sofrer em alguma outra (recente) vida. E nesta agora, eu vim pra pagar. Tudo. Todos os pecados do meu eu masculino. Com juros altos e super correção monetária-sentimental.
Mas antes de ter nascido mulher ou homem, sou um ser humano. A dor que insiste em residir no meu coração é tão grande que passa pelos ossos, pela carne, pelo recional. Eu sou frágil por fora, mas sempre tentei ser a durona por dentro. Mas a carga tá pesada demais pra mim, não tô aguentando. Quero desistir. Entregar os pontos.
Sei que para desfrutarmos com propriedade e sabedoria a plenitude da felicidade, temos de sofrer um pouquinho antes. É, aquela história de conhecer os dois lados, pra valorizarmos tudo de bom que vier, blábláblá.
Mas eu não consigo reconhecer algo que eu nunca tive. Adoraria estar do "outro lado" por mais de uma semana, por mais de meia dúzia de beijos e duas transas fantásticas.
Não tô pedindo muito, só quero ser feliz.
Ou será eu não mereço. Que ser feliz, pra mim, é muito?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Quarta-feira

Não tô lá muito inspirada hoje.
A inspiração se fez presente em todo o meu dia hoje.
Foi pro corpo, pra alma, veio de lá apaixonada.
E acabou nada sobrando pra mente e pras letras.
Ah, se sempre assim fosse...
Espero que não seja só por hoje!

Por que felicidade não combina com a escrita?
O chique e elegante sofrimento não rima nem combina
Com pular e cantar. Só na "bahianidade" da musicalidade
Sei escrever minhas derrotas, mas porque não minhas conquistas?
Descrever os dias felizes, vivendo e aprendendo com a vida
Rir da alegria, abraçar o tempo bom e iluminar o edredom
Sendo mãe, filha, mulher e amiga. Ou apenas menina
A noite me fascina e me desperta os sentidos intelectuais
E digo, com firmeza e formosura, sem mais:
Felicidade, me permita escrever e descrever-te!

domingo, 10 de agosto de 2008

Tenho por você


Necessidade talante...
O corpo tem por comida
O pulmão por ar
O desejo de amar
A impetuosidade em poder saciar
Se febre, arejar
E com tamanho devaneio irracional
Brincar de não ser animal sentimental
Sem cessar

Quero, mesmo intangível...
Como um ancião que aposta na loto
O desafinado cantar com aprumo
A feia ser bela
Um afecto desgorvenado acertar seu rumo

Desejo é cobiça...
Tal qual o apetite dos animais em certo período
-Cio-
Um sol escaldante, num dia chuvoso de domingo
Bêbado bêbedo, e sua salivação etílica
A 'mademoiselle français', sem luvas de pelica

Insanamente mais louca...
Que John por Yoko
Paixão com sexo
Afinidade com propriedade
Londres na maioridade

Sentindo, sofremos
Sofrendo, vivemos
Vivendo, sonhamos
Sonhando, realizamos
Realizando, alcançamos
Alcançando, sossegamos

E desfrutamos com dor e prazer
A dor e o prazer de escolher
E termos sido escolhidos
Como Penélope por Almodóvar...


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meia fina



Me sinto bem, ele é muito astral
Inteligente, interessante, provocante
Gente boa, atraente e sensual
Uma taça de vinho branco
E o clima fica mais legal
Por baixo da mesa, sinto sua perna
Fazendo a sedução universal
Ele me quer, eu o enlouqueço
A gente se entrega na paquera
E quase esquece de manter a discrição
O mundo parou pra nós dois
Faço o que tenho vontade, não me sinto mal
Conversas paralelas sem resposta
Amigos ficam no vácuo do nosso instinto animal
Nós agora descalços, pé com pé
Meia fina, sensual
Que fascina e o rosto dele
Ilumina

Juntos viraremos um
Para que o momento eternize
Nossa vontade de mais e mais
Criamos histórias e personagens
Aumentamos as sacanagens
Para que nosso sonho se materialize
De dormir e acordar sempre
Na mesma cama, no mesmo quarto
Tudo conspira pra que se realize
Fantasia, música, corpos e beijos
Olha nos meus olhos e me focalize
Com teu som, tua fala e teu toque
Menino, me energize e provoque

O dia vai virar noite
A noite vai virar dia

Eu do meu jeito
Tu do teu jeito
E nós sem jeito
Cansados, suados e abobados
Emoção ao mar, poesia ao luar
Vidas e dinheiro pro alto jogados
Nós dois nos bastamos, somos safados
E pra sempre seremos amados
Eu por tí
E tu por mim
Simples assim...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Percepção

Hoje eu ganhei uma flor
Mas não despedaçada
Inteira, linda e recheada
De emoções e segundas intenções

Eu que andava desamada
Fui arrebatada
Surpreendida pela simplicidade
De um gesto fácil e meigo
Encantador, em qualquer idade
Me deixou empolgada e adiantada
Maturada na maturidade
Pra perceber e saber
Como sou desejada

sábado, 2 de agosto de 2008

Balanço


Uma sonhadora que sempre acorda
Minhocário imaginário na cabeça
Quase feliz, sempre emocionada e emocionante
Ladra de emoções, caçadora de paixões
Aventureira de apenas um ereto
Compacta sem ser pequena, tamanho certo
Gigante sem ser grande, doçura constante
Pensamento nem sempre correto, porém honesto
Em busca de, à procura de, querendo "o"
Viajante maluca, embalada por violões e ilusões

Chorosa por não ter
Vibrante quando encontra
Entregue, sem lembrar da partida
Olhos tristes de despedida
Incerteza na clareza da falta
Que quase mata e assalta
Meu pobre corpo delgado e marcado
Por ele desfrutado

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Eu comigo mesma

Cansei.
De fazeção, de jogos, de quero-mas-não-sei-se-quero-hoje.
Putaquiupariu!
Vamos andar de acordo com o cosmos...
Como assim???
Quero ser feliz, demonstrar meus sentimentos.
Colocar uma calcinha bonita sabendo que ele vai tirar.
Gastar meu melhor perfume, pra ele respirar
Sofrer na depilação, pra ele aproveitar
Fazer um escovão no cabelo, pra ele puxar
Não quero dúvidas, quero certezas
Não sou mais neném, tô adulta, crescida.
Chega de proezas e nhémnhémnhém.
Me arrumo, e quando tô de saída
Amando a mil, coração pulando
Ele diz que foi, mas vai voltar
Só não avisa quando.


Hoje eu desisti.
De Esperar, Idealizar, Sonhar e Desabar.
Tô afim de construir, não de destruir.
De babaca, já basta eu.
A merda é que me entrego. E me entrego apenas a um. Como eu queria conseguir sair na noite catando geral. Uau!!!! Seria deslumbrante e cansativo. Aliás, tri cansativo, porque os caras chegam em mim ferozes na night. Ah... se eu desse bola pra essa galera... teria compromisso toda a noite, até o final do ano (isso é porque eu saio pouco)! E não é porque sou linda ou gatíssima, não! Me acho mais interessante do que bonita propriamente dita. Mas claro que a meia luz, cheia de make da Lancôme na cara, eu fico até apresentável. O corpinho (mesmo sem malhar) continua em cima, boquinha carnuda, cérebro funcionando, cabeça pensante... hum... acho que vou me apaixonar por mim!
Já pensou? Sem traições, desilusões ou espera por ligações no dia seguinte.
Dormir feliz e realizada, sabendo que quando acordar, ele ainda estará ao meu lado (vibrador não tem perna!). Me esparramar na cama, dormir de moletom e com venda nos olhos. Pôr uma roupa linda e bonita quando quiser me sentir linda e bonita. Fazer uma bela maquiagem só pra me olhar no espelho e me sentir bem comigo mesma. Sofrer na depilação porque é mais higiênico ter um bigodinho lá embaixo no lugar de um bigodão. Ficar sem fazer as unhas ou aparar os cabelos, simplesmente porque estou afim.
É isso!
Vou ficar com a melhor companhia que já tive nos últimos tempos: A MINHA!
O ruim vai ser ter de pagar sempre a conta do restaurante sozinha...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quando me olha

Já sei o que eu quero!
Ganhar na loteria
Eu e a torcida do Flamengo
Sem histeria ou gritaria
O mundo quer é milhões
Mega sena, avião e Beijing

Coisas grandes, só embaixo
Da tua cintura nua
O que me excita e me faz tua
É ganhar na raspadinha:
Uma figurinha que me ame
Que venha tocar minha campainha
Sem sair de casa nem da cama
Carinho, beijos e companhia

E se ele me ama
Visitar Marte e Júpiter
Juntos, com muitos
Beijinhos em Beijing
Qualquer coisa contigo vale mais
Que uma noitada forte de sexo
É ótimo transar como animais

Só que parceria não tem preço
Mas também gosto e faço
Com que ele cresça
Pois me encanta a delicadeza
É fato!
Com que sorri quando me olha
Quando teu corpo repousa
E enrijece em cima do meu
Te cuidarei com todo o apreço
Só te peço que apareça
E permita que tudo floresça...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bem


Massageio com o corpo e a alma
Perfume delicado de creme importado
Me excita e me acalma
Me contradiz e feliz me deixa
Mulher entregue ao homem
Melhor que uma gueixa
Não me revelo por um triz
Quando digo: "me come"!
Querendo dizer: "me ame"...

A mão dói e ele relaxa
Tudo se encaixa, sem senão
Ele me olha, não me intimido
Corpos colados rumo ao prazer
Respiro o suor que molha
No grito mudo do nosso gemido
Morremos juntos, sem morrer
Docura úmida que afoga
No prazer de te ver bem
Meu bem

domingo, 27 de julho de 2008

Diferente

Jorge Ben Jor
Nunca escreveu uma canção triste, com rancor
Mesmo quando levou um fora do seu grande amor
Não escreveu uma canção triste, com rancor
Jorge Ben Jor
Nunca cantou uma canção triste, com rancor
Mesmo quando levou um fora do seu grande amor
Não cantou uma canção triste, com rancor
Jorge Ben Jor
Escreveu uma canção animada
Até quando levou um fora da amada
Jorge Bem Jor
Cantou uma canção animada
Até quando levou um fora da amada

Não sou como Jorge
A tristeza é minha musa
Gosto do sofrimento que me faz criar
Não sou como Jorge
A alegria me desusa
Desgosto da alegria que não me deixa criar
Não sou como Jorge
Escrevo coisas da paixão
Mesmo se o amor me abandona
Não sou como Jorge
Escrevo coisas da solidão
Mesmo se nada me abandona
Não sou como Jorge
Escrevi uma canção de amor
Mesmo sem ter um.

sábado, 26 de julho de 2008

O homem mais incrível

Ele era o homem mais incrível
Sorriso, ritmo, cheiro, toque
Tinha um charme indescritível
Vou escrever um best seller
Sobre como peguei e tornei meu
O homem mais incrível
Sorriso, ritmo, cheiro, toque
Eu ficava criança, risível
Solta, leve, verdadeira, apenas eu

Lembro, sorrio e suspiro
Ele era o homem mais incrível
Sorriso, ritmo, cheiro, toque
Eu criava meu mundo pequenino
E viajava em seus sons e poemas
Meu belo menino, que só seduz
Mas sou eu quem conduz
La Belle de Jour
Par jour
Le soir, ce soir, cette nuit
Éternellement...


Mente boba, perna que treme
Corpo que geme, querendo love
Ele era o homem mais incrível
Sorriso, ritmo, cheiro, toque

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Gente

Alma de adolescente
Cabeça demente
Corpo sempre quente
-contingente-
Apaixonado e inocente